quarta-feira, 27 de maio de 2020

FUTEBOL AMADOR: PAULO CESAR SILVEIRA “PC” UM ÍCONE DA ARBITRAGEM.

O futebol é um esporte que mexe com as emoções de todos os envolvidos na disputa: torcida, jogadores, dirigentes, para muitos é um momento onde se extravasa os limites da razão. No meio deste contexto existe uma pessoa pouco notada ou notada até demais, o árbitro, que se torna na maioria das vezes o vilão de toda história, ele que "é o álibi de todos os erros, se perdem é por culpa dele, se ganham é apesar dele, mas com certeza se não existisse as torcidas teriam que inventá-lo"

Em um país tão apaixonado por futebol como o Brasil, a profissão de árbitro não parece ser uma das mais tranquilas a ser exercida. Diante de todo o ímpeto de vitória dos atletas e do amor dos torcedores pelo time do coração, a tarefa de comandar uma partida é algo que poucos que se arriscam a fazer.

 “Final do Municipal de 2014, Boa Vista x Morro, Marcos Melo, PC e Edinei Leite”.

Mesmo não tendo o reconhecimento e o respeito devido a sua função, um dos poucos que se arriscaram a fazer essa tarefa em Campinas interior paulista foi árbitro Cerqueirense Paulo Cesar Silveira “PC”. Com sua conduta disciplinadora e profundo conhecedor da Carta Magna do Futebol há aproximadamente duas décadas se destacou com suas atuações irrepreensíveis.

PC é um árbitro de boa estrutura que por si só já coloca respeito. Além disso, tem um boa dicção, usando sempre um tom de voz onde todos compreende, não utilizando palavras ofensivas ou debochastes dando o respeito e ganhando o respeito dos jogadores e de seus técnicos.

“A autoridade do árbitro é igual pegar um passarinho na mão. Se apertar muito, o passarinho morre. Se for frouxo, o passarinho, e o jogo perde o controle. Tem que saber ter autoridade”, explicou PC.

PC desde seus primeiros jogos como árbitro central ganhou notoriedade na sociedade futebolística campineira, em curto espaço de tempo, já tinha seu nome inserido nas súmulas das finais dos campeonatos de futebol de toda a região metropolitana.

João Antonio Fernandes Neto, diretor de arbitragem da Liga Campineira fala que PC é um dos últimos árbitros românticos do futebol. “Sou suspeito pra falar do PC, além de ótimo árbitro o considero um irmão mais novo!”

Ponte Preta x Sel. África do Sul, Rafael Fernandes, Renan Fonseca, PC, Teko Modise e Rodrigo Ramalho.
“Dos árbitros mais antigos aqui em Campinas, acho que é um dos últimos que podemos chamar de árbitro romântico, ou seja, sempre amou apitar futebol. Profundo conhecedor das Regras do Jogo. Corajoso, sempre soube encarar qualquer tipo de desafio, sucesso na carreira pela lealdade e principalmente pela imparcialidade na condução dos jogos, infelizmente, de acordo com o cenário atual da arbitragem dificilmente a curto prazo, encontraremos alguém para substituí-lo.” Comenta João Antonio.

Em 2010, PC foi agraciado com convite para apitar uma partida internacional entre a Ponte Preta e a Seleção Nacional da África do Sul dirigida pelo técnico Carlos Alberto Parreira realizada no estádio Moises Lucarelli, em Campinas. Segundo PC foi um experiência única, poucos árbitros mesmo a nível de CBF tiveram o privilégio e a oportunidade de apitar um jogo de uma seleção que disputou uma Copa do Mundo.

No seu vasto e dourado currículo de finais de campeonatos, PC, da destaque a final do Campeonato Municipal de Campinas da Serie A de 2008. Aproximadamente segundo a Guarda Municipal cerca de 6 mil pessoas lotaram as arquibancadas do Estádio Doutor Horácio Antônio da Costa “Mogiana” que acompanharam a vitoria do Vila Rica por 3 a 0 diante do Vila Boa Vista, jogo que teve três jogadores expulsos.

Em seu currículo estão as finais da primeira divisão da Liga Campineira de Futebol, 2006, 08 e 11; Copa Metropolitana, 2005, 06, 07, 10, 11 e 13; Campeonato Municipal de Campinas da Serie A, 2008, 11 e 14; Os Campeonatos Amadores das cidades de Vinhedo (1), Itatiba (2), Hortolândia (1), Amador da AIFA em Indaiatuba e três Copa AIFA, entre outras finais em Campinas e na região.

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