Futebol, uma mistura de paixão, vibração, alegria e satisfação. Aqui, no Brasil, não se limita apenas aos grandes clubes profissionais, mas também às equipes de futebol da várzea, motivo de muita alegria e orgulho nas comunidades, envolvem famílias, amigos, bairros inteiros, proporcionando uma festa além da imaginação aos fins de semanas.
A várzea é celeiro de muitos talentos, que descobre valores, que exerce um importante papel de integração social, de confraternização, de aproximação dos excluídos. Também significa, muitas vezes, a única fonte de lazer para a maioria das vilas e bairros principalmente na periferia dos grandes centros urbanos.
Apesar de toda sua importância, as equipes da várzea, em sua maioria, passam por muitas dificuldades. Para diversas equipes, cada etapa, desde a confecção dos uniformes até o dinheiro para despesas do campeonato são difíceis. Assim, muitas equipes têm que correr atrás de patrocinadores, nem sempre com sucesso, ou então, fazer a tradicional “vaquinha” entre o grupo e a própria comunidade.
Apesar de todas as dificuldades, a várzea luta bravamente para se manter e alimentar a paixão de milhares de torcedores das comunidades, que se distraem e estreitam laços de amizade.
Na região metropolitana de Campinas, não existe um levantamento oficial de quantas equipes estão em atividades na várzea. Segundo, Irdival Aparecido Frezzato “Durval”, Presidente da Liga Campineira de Futebol, temos cerca de 300 times espalhados pelos quatro cantos de Campinas, se consideramos que os demais 19 municípios que compõem a RMC podemos chegar aproximadamente um pouco mais de 1300 equipes.
Durval explica que a própria LCF tem suas dificuldades para fazer os campeonatos oficiais nas diversas categorias, principalmente na categoria adulta (amador), “Temos em Campinas diversas entidades fazendo campeonatos, entretanto isso é bom e ao mesmo tempo ruim. Lado bom que temos várias competições e o lado ruim não temos um calendário definido, atletas e arbitragem para suprir as necessidades de tantos jogos ao mesmo tempo nos fins de semana.”
A várzea esta passando por um momento de transição com a mudança de comportamento em relação à violência contra a arbitragem. Essa mudança vem ao encontro que sem o árbitro os jogos não são realizados, com esse conceito os dirigentes, atletas e torcedores estão valorizando e dando mais condição para que o árbitro faça o seu papel e volta para sua casa com dignidade.
Durval explica que as equipes estão cada vez mais se profissionalizando no sentido da administração, hoje, é comum vê nas redes sociais os clubes postando nas suas páginas virtuais principalmente no facebook a venda de camisa e produtos com a marca oficial do clube para seus torcedores e simpatizantes. Uma forma lucrativa de receita para a sustentabilidade do clube na temporada além de promover o nome do time.
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