A
FIFA divulgou nesta quinta-feira (02) quais serão os primeiros países a contar
com o recurso de árbitros assistentes por vídeo. São eles: Brasil, Austrália,
Alemanha, Portugal, Inglaterra e Estados Unidos.
De
acordo com a entidade, os organizadores dos torneios já deverão começar as
preparações para os primeiros testes que serão realizados. Inicialmente, estes
testes serão feitos em simulações, chamadas de “offline”, com eventuais testes
em jogos ao vivo.
No
Brasil, a medida será válida para diversas competições que forem organizadas
pela CBF, como o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil. Para as primeiras
experiências, a entidade afirmou que contará com imagens da Rede Globo,
emissora dona dos direitos de transmissão das competições nacionais.
“Já
conversamos com a Globo para ajustar as imagens e as câmeras”, contou ao UOL
Esporte o diretor da ENAF (Escola Nacional de Árbitros), Manoel Serapião, que
cuida do projeto de vídeo. “As imagens da Globo virão diretamente da equipe de
filmagem, sem narração”, completou Sergio Corrêa, presidente da comissão de
arbitragem da CBF.
A
reunião entre CBF e Globo sobre o tema já ocorreu na última quarta-feira (01).
Após utilizar nos testes ‘off-line’, a intenção da entidade é usar o árbitro de
vídeo já valendo no Brasileiro de 2017. Mas, para isso, a FIFA tem que
autorizar após a fase de testes.
Os
torneios que também poderão utilizar o recurso pelo mundo serão: Hyundai
A-League (Primeira divisão australiana), Campeonato Alemão, Campeonato
Português (incluindo a Copa de Portugal e a Supercopa Portuguesa), a Major
League Soccer (principal divisão norte-americana), além de competições
organizadas pela KNVB, que coordena o futebol holandês.
A
disputa do Mundial de Clubes de 2016, que acontecerá no Japão, deverá ser usada
como teste final antes do Conselho da Associação Internacional de Futebol
(IFAB, na sigla em inglês) permitir que os membros ligados à entidade conduzam
experimentos ao vivo no próximo ano.
Os
testes “off-line” serão utilizados para que os árbitros assistentes por vídeo
se familiarizem com os menus, aprendam a acessar os replays e fazer chamadas em
incidentes de mudança de jogo claras, mas sem se comunicar com o árbitro. Isso
significa que não haverá nenhum impacto no jogo.
Os
experimentos ao vivo só irão começar quando todos os participantes tiverem tido
tempo de completar todas as preparações, o que não é esperado antes do início
de 2017. Entretanto, a IFAB e a FIFA poderão usar este meio tempo para escolher
amistosos onde testes off-line ou ao vivo poderão ser conduzidos para ver
melhorias que as tecnologias possam precisam.
“A
IFAB acredita que este é o melhor caminho para responder se a tecnologia irá
melhorar o esporte em diferentes regiões, então estamos felizes por termos
competições de todos os continentes acordadas conosco”, declarou Lukas Brud,
secretário da IFAB, antes de acrescentar.
“Os
organizadores destas competições já podem começar a instalar e testar centrais
de replays em vídeo, assim como treinar oficiais de jogo e profissionais de
tecnologia de acordo com o protocolo e a consultoria da IFAB e do Departamento
de Tecnologia e Inovação da FIFA.”
Agora,
dependerá de cada federação determinar quando começará a colocar os testes em
prática. Enquanto isso, a IFAB segue em contato com outras federações,
associações e ligas ao redor do planeta que estejam interessados em fazer os
experimentos.
O
primeiro workshop utilizando árbitros assistentes por vídeo aconteceu na
Holanda, em maio, e focou em fornecer informações que seriam úteis para os
organizadores de competições decidirem se gostariam ou não de participar do
projeto.
Novos
workshops serão realizados nos próximos meses para fornecer mais detalhes sobre
os experimentos e procedimentos. Os testes deverão durar cerca de dois anos,
com uma decisão definitiva saindo entre 2018 e 2019.
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